domingo, 28 de agosto de 2016

A MORTE INTERIOR

Sempre lemos e ouvimos que temos que renascer para poder ter uma nova vida. As pessoas pensam que este renascimento é apenas uma mudança de habito, isto é um engano. Uma pessoa pode simplesmente deixar de beber, jogar, e até usar roupa diferente, que a sua compreensão será a mesma interiormente, seu destino como homem apenas satisfaz o mundo exterior. Na verdade nada em si mesmo mudou, ele pode até trocar de amigos e frequentar lugares diferentes que será o mesmo homem. Em nosso trabalho a mudança é interior, e não exterior. Por isso que falamos que basta pensar para errar, mesmo que não façamos o que estamos pensando.
Uma pessoa comum que desconhece o que seja estar dormindo se estiver num sono dentro de um bar ou de uma igreja é a mesma pessoa, pois não sabe o que faz nem em um lugar nem em outro. Se é distraído continuará assim, se for nervoso mesquinho medroso e etc continuará do mesmo jeito. Em nosso trabalho como vivemos no mundo e nele trabalhamos, os nossos hábitos podem até mudar mas esta mudança é um reflexo de nível novo de consciência que o homem tem possibilidade de possuir. Para isto a observação de si é imprescindível, não há outra maneira de se mudar se não aceitarmos que não nos conhecemos e que pouco vemos de nós mesmos. Para isso tem que existir a todo momento a observação de si. Normalmente gostamos apenas de observar aquilo que consideramos como defeitos ou fraquezas, é um engano pois tudo que somos é fruto de uma percepção limitada e se quisermos evoluir temos que começar a colocar em duvida tudo que existe em nossa vida, todos os valores gostos, costumes, posturas e etc. Aquilo que achamos ser mérito, como também os momentos que nada estamos fazendo, até se estivermos quieto sentados sozinhos em uma cadeira é o momento de ficarmos em alerta, pois o que somos é a limitação de nossa consciência, estado de vigília.
Em cada situação de nossa vida, com nosso sentimentos, duvidas, prazeres, tudo enfim deve ser observado como algo estranho. Esta observação deve seguir em principio três degraus:
O primeiro a sensação do corpo, parcelamento ou completo, sem isto nada estamos fazendo por nós mesmos.
O segundo degrau é não aceitar nossas próprias conclusões de compreensão e aquilo que nos vêem como entendimento, não é nosso é apenas um eu do momento, e ele pode em seguida não estar no momento seguinte, por mais claro e obvio que estivermos vendo e entendendo algo, é apenas compreensão do momento, portanto devemos esperar observando sem julgamento e decisões momentâneas.
O terceiro degrau é esperar o sentimento do momento passar e observá-lo com algo impossível de mudar, apenas podemos contê-lo para não se manifestar e se caso for algum ato de carinho ou elogio, verificar intelectualmente porque estamos agindo daquela forma e se for algum tipo de emoção ruim, prendê-la. Digamos que emoção negativa é todo ato que vai levar alguém a se contrariar, ofendendo ou entristecendo quem for alvo desta emoção, mesmo que tenhamos razão não temos o direito de dormir e atacar alguém pelo nosso descontrole interior.
Ao passar por estes três degraus o tempo nos trará uma experiência de como funciona nosso aparato receptor que é nosso corpo e desse modo teremos a chance de mudar nosso nível de consciência trazendo com este esforço algo o que precisamos para morte daquilo que hoje somos dentro de nossas percepções pessoais.


domingo, 21 de agosto de 2016

LIMITAÇÕES

O homem possui limitações, mas se considera ilimitado. Em nosso Trabalho nós devemos estar atentos para perceber quando chega o momento de nossas limitações. Nós temos limitações em todos os centros, incluindo nosso próprio corpo, mas desconhecemos. Então há uma necessidade grande do homem conhecer  suas próprias limitações, mas através de si próprio é impossível. O homem só conhece suas limitações num grupo quando está sendo dirigido por alguém .
Então nós temos nossas limitações físicas , isto é, do corpo planetário, um homem não consegue, sem treinar, fazer uma quantidade de exercícios que lhe seja imposto se não estiver preparado para isto assim como o homem não consegue manter a sua atenção por um tempo se não estiver treinado para isto. Isto também se prolonga às limitações em nossas atitudes, mesmo estando com atenção quando recebemos uma ordem. A pessoa pode ter uma limitação interior de compreensão, então a ordem pode ser iniciada mas não completada. Como o Eu desconhece suas limitações, ele se acha capaz de fazer tudo o que lhe é imposto, mas quando se inicia, ele vê que não é capaz disso. Quanto mais esforço o homem faz para ampliar o seu nível de limitação,  mais rápido ele está indo na direção da consciência. Por esse motivo nós devemos a todos os momentos de nossa vida estar numa luta constante para manter o nível de atenção o mais alto possível pois vamos com isso conseguir manter a atenção a um nível desejado para o Trabalho. Não devemos ter como desculpa o cansaço, deixar para depois, pois por mais esforço que façamos vai chegar num ponto que o nível de atenção vai diminuir  mecanicamente. As mudanças de exercícios semanais são com o objetivo deles não se tornarem mecânicos e temos, em várias oportunidades durante o dia, de fazermos o que nós pudemos lembrar no momento.
Vamos dizer que fazemos uma proposta a nós mesmos de que naquele dia contaremos todos os passos que vamos dar e marcamos num papel e sentimos a perna ao contar. Aí estará um treinamento para a vontade assim como para a lembrança. O homem do Trabalho dificilmente conseguirá manter isso apenas por um dia, mas isto não deverá ser motivo de amargura ou tristeza pois esta é sua limitação que poderá até ser marcada numericamente. Veremos que muitas pessoas terão facilidade nesse tipo de limitação mas se pusermos outra limitação como, por exemplo, toda vez que sentar manter uma determinada postura, ele perceberá que algo em si cansará, que não é seu corpo físico, aí estará sua limitação. A limitação não é cansaço, é impossibilidade de fazer o que se quer. Cansaço é outro detalhe. O homem número 4 tem muitas limitações mas não é igual ao homem 1,2,3. O homem 4 percebe as suas próprias limitações. O homem sem limitações será o homem completo. Tudo o que ele faz é capaz de concluir. Vamos dizer as limitações de cada centro:
  • Centro Motor: pode decorar e guardar uma série de movimentos mas ele está limitado a um tempo.
  • Centro Intelectual: pode estar limitado a uma série de lembranças quando passa daí, só através de um treinamento para ficar na memória.
  • Centro Emocional: só gosta da pessoa até um ponto, em outro ponto passa até a odiar. Se a pessoa fizer algo contrário a aquilo que se espera, imediatamente deixará de gostar da pessoa e o tratará como inimigo. Até seus próprios movimentos serão diferentes. Devemos colocar muita atenção nessa parte emocional pois quanto mais gostarmos de uma pessoa, mais aceitamos os erros dela. É através dos erros das pessoas que gostamos que vemos os limites dos nossos sentimentos. Quanto mais pessoas gostamos, mais alto é o nosso nível de ser.
  • Centro Sexual: Devemos também tomar cuidado com as limitações do CS pois existe uma série de fatores que levam a essas limitações. O CS se limita quanto a sensação durante o ato e não na quantidade de vezes ou no prolongamento do tempo. Por exemplo: um casal tem um relacionamento (pode ser rápido ou demorado) e ter um alto nível de sensação e um outro casal ter muito mais vezes e ter  um baixo nível de sensação. Aí está a limitação do CS e não a sua potência, virilidade ou outra coisa.
  • Centro Instintivo: As limitações são quase que desconhecidas pelo homem. Pois sendo um dos centros mais antigos possui uma gama quase que ilimitada de percepção, que o homem por estar desatento não usufrui dela e muitas delas foram perdidas pelo mau uso: Visão, Audição, Paladar e Tato.

Ao nos observarmos devemos aceitar essas limitações como algo a ser mudado e ao nos entregarmos a um esforço devemos não aceitar aquilo que nos vem como compreensão do CI e pensarmos que o corpo existe  para ser sacrificado fisicamente para podermos alcançar um nível diferente de consciência além dos prazeres que ele nos traz na sensação dos 5 sentidos. Ao nos depararmos com aquelas vozes de lucubrações conhecidas, como: “Estou cansado”, devemos enfrentar esse fato como um desafio a ser vencido pelo Eu interior que é muito superior a todos os fatos de fraqueza que são apresentados durante a nossa existência. Desconhecemos quase que completamente nossas próprias capacidades e só através de sacrifícios constantes daqueles momentos que achamos que são gostosos e bons para poder aumentar nossa própria capacidade, tanto perceptiva como de consciência, devemos nos separar totalmente dos impedimentos que vão surgindo no decorrer do Trabalho sobre si . Esses impedimentos podem ser sociais, de comportamento perante nosso serviço, família ou interior (no abandono para a morte daquilo que deve permanecer como uma atenção de nós mesmos).
Existem alguns fatores que não devemos confundir com limitações, que são os impedimentos. Uma pessoa pode ter capacidade de correr 5 Km, mas no dia que vai correr machuca o pé e não consegue correr nenhum Km. Foi um impedimento, não uma limitação. Uma pessoa ouve uma palestra e não guarda nada do que foi dito, isto é uma limitação e não um impedimento. Uma terceira pessoa está gripada e a gripe traz uma sonolência a impedindo de por atenção no que foi dito, isto é um impedimento, não uma limitação. Outra pessoa coloca toda atenção na palestra, relaxa o corpo, procura ficar presente e não lembra de nada, isto é uma limitação.


domingo, 14 de agosto de 2016

O Homem do Trabalho

                                              
Quando uma pessoa se observa nada mais faz do que sair das influências inferiores que está habituada a viver para como observador entrar debaixo de menos leis e assim sucessivamente de acordo com seu próprio esforço não sendo atingido pelas leis de que ele esta observando.

Nós que pretendemos um dia fazer parte do verdadeiro Trabalho de Gurdjieff devemos gradativamente esperar dentro de uma observação imparcial a mudança de nosso ser sem deixar que haja interferência de leis inferiores (força lunar) que tem o seu poder sobre aqueles que não se esforçam pela própria evolução e seguem a evolução geral terrestre  que é um tempo incomensurável em relação a evolução que procuramos portanto não consideram mos como evolução, a qual classificam como “vontade de Deus”.

domingo, 7 de agosto de 2016

PENSAMENTO E SENTIMENTO

O homem como uma máquina que possui três cérebros se engana quando julga a si mesmo com base naquilo que pensa ou sente, pois estes são dois fatores que raramente acontecem. Normalmente dentro da  cabeça do homem existem oitenta por cento de fantasia e vinte por cento de distração, e quando lhe é solicitado um pensamento, ele se atrapalha e não sabe o que fazer, dá uma desculpa e pára. Vamos dar um exemplo: uma pessoa está esperando um ônibus no ponto, dentro de sua cabeça ele está fantasiando o que vai fazer quando chegar no serviço, pois nada daquilo realmente vai acontecer, as circunstancias vão acontecendo e dentro de suas próprias fantasias ele vai agindo de acordo com as conseqüências de fatores externos que o conduzem ao cumprimentar as pessoas, sentar no seu serviço, comer,  até voltar para casa, sem necessidade nenhuma de esforço do centro intelectual e muito menos do emocional. Não querendo dizer que estes centros não estão funcionando, eles estão, mas de forma completamente mecânica e sem objetivos conscientes. Ao se lembrar que tem que pegar uma caneta para escrever, simplesmente levanta e vai pegar, e se encontrar um amigo no caminho, sorrirá e passará por ele sem nenhuma atenção, não há necessidade disso. Se ele passar por uma pessoa que não goste, fingirá que não a vê, e dentro de seus sentimentos tudo mecanicamente continua acontecendo, e assim a vida vai passando.
Nós temos que nos observar para perceber que os nossos sentimentos existem por si, não dependem de nada de nosso  interior para a sua existência, mas para termos uma possibilidade de um dia ter um sentimento superior (amor), temos que primeiro nos observar e saber que tanto as nossas fantasias na cabeça quanto os nossos sentimentos no corpo não dependem de nossa vontade e sim dos acontecimentos externos que podem ser mudados por qualquer fator simples. No momento gostamos de uma pessoa e no momento seguinte podemos passar a odiá-la, esses sentimentos são puramente mecânicos e de um nível baixo de hidrogênio.
Fomos feitos para usar os hidrogênios superiores, porém o sentimento, por ser mais antigo nos domina em situações de raiva e fantasias sentimentais, pois confundimos o desejo de ter com o gostar . Quando sentimos um apego por um filho, neto ou parente, não devemos esquecer que este tipo de sentimento é de hidrogênios inferiores e pode ser mudado a qualquer momento. Observando o comportamento das pessoas, veremos que os sentimentos mudam de acordo com os eus, mas, que algo se conserva prendendo as pessoas em laços de sofrimento por fantasiarem que são obrigados a gostar desta ou daquela pessoa, esquecendo que existem outras milhares de pessoas que podem entrar em contato conosco e termos exatamente o mesmo sentimento, não querendo dizer com isso que gostamos mais desta ou daquela e sim que temos um tipo de sentimento dentro de nós.
Ao fazermos carinho em alguém, devemos simplesmente sentir, sem fantasiar, apenas observar e ver a satisfação daquele ato ou não, sem nenhuma exigência, apenas observar, a partir daí o relacionamento entre duas ou mais pessoas pode aumentar o nível pois não dependerá de fatores externos para sua existência e sim de uma condição de compreensão que é o nível de consciência. Quanto mais alto uma pessoa tiver o seu nível de consciência, menos emoções negativas se manifestarão em sua vida. Uma pessoa pode receber um tipo de influência no centro intelectual através de vozes de eus e não manifesta-la, fingir que ela não existe, se isso não for observado jamais mudará. Nós devemos em nosso trabalho, separar o que nós sentimos daquilo que entendemos, pois procurar uma explicação para um sentimento não é possível, pois um centro não fala a mesma linguagem do outro. Vamos dizer que em nossa cabeça achamos que uma pessoa é nossa amiga, pois, a muitos anos que a conhecemos e se criou uma história em torno daquele relacionamento, isto não significa que temos um sentimento superior em relação a uma outra pessoa que conhecemos a poucos dias, pois o sentimento é muito complexo em seu funcionamento, e não depende somente de uma observação.
Há três fatores iniciais no sentimento:

  • DESTINO: este é um relacionamento anterior ao próprio nascimento, é como uma recordação de um passado que não sabemos qual foi, mas que existe, e isso nem sempre é recíproco, quando acontece de ser recíproco é por quê há uma necessidade de uma continuidade de sentimentos independente das pessoas. Exatamente igual quando existe um sentimento de animosidade. A animosidade são fatos que aconteceram muito antes do nascimento, podendo ser até três a quatro encarnações antes, por esse motivo devemos combatê-lo ferozmente para encerrar esta etapa da evolução. Este é um dos motivos que Jesus disse : “Se amais os que vos amam, qual é a vossa recompensa ? Pois até os pecadores amam os que os amam. Se fizerdes o bem a quem faz-lhe o bem, qual é a vossa recompensa ? Até os pecadores fazem isto. E se emprestais àqueles de quem esperas receber, qual é a tua recompensa ? Amai porém os vossos inimigos.”
  • NORMALIDADE: Normalmente, nós temos um sentimento de desconfiança para as maioria das pessoas inicialmente, ao conhecê-las ficamos com o pé atrás, esperando algo de mal, até que a pessoa prove o contrário, se apresentando dentro daqueles esquemas que chamamos de bom amigo, que nada mais é do que uma exigência de que a pessoa fique na linha para ter a nossa amizade, que é algo falso e interesseiro, num nível baixo de sentimento. Esse tipo de sentimento é comum a qualquer homem normal na consciência de sono desperto. Na verdade, quando se tem uma “boa amizade” ao longo do tempo, significa que a pessoa possui os mesmos defeitos da outra e que os admira e os conserva como se fossem boas atitudes. Tem pessoas que por ter um sentimento irascível, também conhecidas como rabugentas, acabam na velhice levando um cachorrinho para a praia, pois é o único ser vivo que consegue aguentá-la, pois somente fica agradando, obedecendo e esperando carinho na hora que ela quer dar, o cachorro é um animal dos mais puxa sacos que existem na natureza, e quem gosta de cachorro gosta de ter o saco puxado, pois mesmo apanhando vem com o rabo entre as pernas pedindo mais carinho, e normalmente todos gostariam que os amigos fossem assim. Nós que estamos trabalhando para o conhecimento desta máquina em relação ao tipo de sentimento que temos devemos tomar muito cuidado com todos os tipos de sentimento, pois raramente temos algum tipo de sentimento superior, devemos portanto, imparcialmente, observar este sentimento que sai de uma mesma fonte e um mesmo tipo de hidrogênio, tanto o que sentimos em relação aos parentes próximos até os que discordam de nossa atitude, como patrões, vizinhos e etc... A maioria dos nossos sentimentos é baseada no sentimento mesquinho de ficar tudo bem, um empregado bem pago mesmo sendo mal tratado não se queixa de seu patrão, mas sabe que não gosta dele, ao fingir está dormindo pois tudo está acontecendo como se fosse chuva ou vento. Ao sentirmos uma atração, um desejo de querer agradar alguém não devemos impedir, mas sentir o corpo, olhar a pessoa e pensar, por quê sinto isso somente por essa pessoa, por quê por esse outro não sinto o mesmo, e ao abraçar o outro, devemos também procurar fazer a mesma pergunta. O toque físico é uma maneira eficaz de um equilíbrio sentimental, por esse motivo, casais que possuem algum relacionamento íntimo e ainda assim não possuem algo de sentimento mais elevado estão se masturbando com o corpo do outro e não sentindo o corpo do companheiro ou da companheira. Se cada vez que ao darmos a mão a uma pessoa ou um abraço, dermos uma parada interior e sentirmos o nosso corpo, passaremos a sentir o corpo da pessoa também. Por esse motivo há sempre um toque leve de preocupação quando pessoas de pólos contrários se abraçam, pois as pessoas não procuram entender este tipo puro de sentimento, podendo até se tornar ofensivo ou obrigatório nos casos comuns.

Fruto de um esforço pessoal na direção da consciência, é o HOMEM LADINO, tanto pega a cobra pelo rabo como a pomba pelo pescoço, e triturará os dois quando for necessário sem deixar a pomba voar ou a cobra morder. Isto que dizer: se eu souber que alguém não gosta de dar carona eu não vou pedir carona, se eu souber que alguém gosta de fazer comida gostosa, eu peço para alguém fazer comida gostosa. Não devemos exigir, com sentimento de nível baixo, que as pessoas sejam iguais as melhores partes que nós temos. No trabalho, aquilo que falamos, devemos sentir e seguir, pois um dia a nossa palavra estará dentro de uma força que o que dissermos poderá acontecer, portanto, devemos treinar e observar, para ao falarmos seguirmos o que foi dito, pois este também é um nível de consciência que o homem do trabalho deve alcançar, conhecido na vida comum como homem de palavra, mesmo que para este fim precisemos sacrificar até a nossa própria vida. Ao verificarmos que a mecanicidade da vida vem sorrateiramente, disfarçadamente nos atingindo, devemos combatê-la, contrariá-la para que os eus do trabalho se fortaleçam, ou para sermos capazes de  diferenciar uma real necessidade de um ato mecânico. Como raramente pensamos, os frutos das vozes de nossa cabeça são acúmulos de pequenos sentimentos errados que constroem as personalidades diversas de nossos eus, e que nos tira as possibilidades de um real sentimento. Sempre dizemos: gosto assim, sou assim, acho melhor assim, tudo isso não é fruto de uma consciência pois como nós sabemos a consciência é sempre de um nível de compreensão que não gera dúvidas nem contrariedades nas decisões que devemos tomar em nossa vida, sempre é boa.