segunda-feira, 11 de julho de 2016

RENASCIMENTO

O homem em seu estado normal de consciência de sono (vigília) não consegue perceber o que acontece com o seu interior muito menos com os acontecimentos exteriores. Como segue suas próprias opiniões, não tem possibilidade de entender as vicissitudes da vida (nem a sua nem a dos outros), aceitando os acontecimentos como casuais e que até não deveria acontecer. Por este motivo o nosso trabalho é não lutar contra aquilo que não sabemos, mas apenas observar e aceitar que tudo passa nesse momento bom ou mal, devemos tirar o proveito de ter uma melhor situação de equilíbrio interior, para dar continuidade a nossa própria evolução.
Os diversos tipos de seres humanos (preto, mulato, branco, amarelo, mestiços, etc.) possuem um destino comum com a terra e viemos aqui para cumprir esse destino, usufruindo dos nossos méritos ou sofrimentos (físico ou psicológico). Não há uma só pessoa que nós deparamos que não possua algum motivo para isto acontecer. Ao renascermos cumprimos a determinação de um motivo para nos acordar.Ao iniciarmos os esforços para nos conhecer, devemos estar preparados para enfrentar muita coisa que não gostamos e que existe em nós mesmos.
As pessoas possuem máscaras e até acreditam que elas são verdadeiras, por este motivo evitam falar sobre elas e muito menos de as tornarem conhecidas pelas outras. Os pais se mascaram diante dos filhos e criam uma imagem falsa do que são. À medida que os filhos vão crescendo, vão vendo que seus pais não são o que dizem ser, neste ponto se inicia a rebeldia e a desobediência, pois começam a perceber que o mundo de seus pais é falso, pois ninguém consegue se esconder 24 horas por dia durante anos. Como os filhos não tem a possibilidade de se enxergarem acham que seus pais estão errados e eles estão certos e assim se inicia uma cadeia de sono de pai para filho, e cada geração acha a sua melhor e mais avançada. Como todos estão dormindo e não querem acordar para ver o que são, vivem num mundo de sonhos com pesadelos e fantasias até a velhice, se satisfazendo em permanecer assim sem acordar para ver a própria vida e suas reais possibilidades de evolução interior. O acordar exige um esforço cada vez maior nesta linha de evolução em busca de sua consciência.
Para se alcançar um estágio que se possa falar que está acordado temos que passar por 3 estágios (DÓ, RÉ, MI) e somente em FÁ é que podemos considerar que estamos acordados pelo menos em nossas decisões na vida.

É o momento em que encontramos duas pessoas que estejam se esforçando para conhecer a si mesmas e pelo menos uma delas ( às vezes ) está acordada, mas para ter certeza disso é preciso estar ao lado delas fazendo as coisas mais simples como: limpeza, arrumação, pintura, etc...e poderemos notar que muita coisa escapa de ser observada. A coisa mais simples que se pode notar num grupo é que as pessoas não percebem o que elas devem fazer e nem como fazer, para isto é necessário que tenhamos uma sinceridade com nós mesmos e possamos perceber que temos que ser mandados para poder fazer algo. Alguém tem que tomar conta para que o serviço a ser executado possa ter andamento e se não tiver quem veja, nada será feito. Para o grupo funcionar tem que ter alguém tomando conta, se por um acaso um grupo funciona sozinho onde cada um sabe o que tem que fazer significa que este grupo evoluiu para a nota seguinte.

O grupo que estiver nesse estágio, não tem necessidade de alguém tomar conta dele, ele já funciona por si mesmo. O dirigente apenas transmite ensinamentos e práticas, orientando ou interferirindo em alguma lei do acidente que possa atarapalhar o andamento e existência deles. Toda a atenção do dirigente é voltada para a distribuição de Trabalho para que cada um possa se desenvolver interiormente em sua consciência. O dirigente chega e todos já estão preparados, prontos para obedecer as ordens de Trabalho e Estudos do grupo, mas se por um acaso o dirigente se ausentar da reunião, o grupo tem capacidade suficiente de se organizar e dar continuidade aos trabalhos práticos e exercícios.

MI
É quando o grupo já pode se subdividir iniciando outros. Os integrantes do grupo já estão aptos a orientar um grupo. Nesse estágio são mais intensificados os exercícios naguais, já que o tonal é praticado com impecabilidade. O acordar é um estado mais constante no mundo lá fora e não apenas ans reuniões ou na presença dos colegas.
Em DÓ, o iniciante possui o desejo de acordar, mas ao acordar por um instante pode não gostar do que vê e sair do grupo. Em RÉ o praticante vê muitas coisas que não gosta, mas (com dificuldades) continua no grupo praticando exercícios e querendo ver mais, contudo se alguma força externa atuar (FDS), ele pode abandonar tudo e voltar a ser o que sempre foi; o trabalho de anos pode se perder numa decisão de um EU que ele achava que não existia mais. Em MI podemos dizer que os integrantes neste estágio de Trabalho, já possuem algo interior e o Trabalho não é somente algo almejado à distância (como uma ilusão ou fantasia), o Trabalho é algo de real e imprescindível para sua existência como um ser em evolução. Podemos considerar que também estas pessoas já são o TG enquanto as outras estão no Trabalho.
Esta é a diferença de comportamento desses 3 estágios: O primeiro (DÓ) a sua permanência no TG depende do grupo e não do dirigente pois a mesma facilidade de estar nas reuniões pode desaparecer na primeira dificuldade  fazendo o praticante parar. O segundo tipo (RÉ) depende da compreensão e até dos desejos interiores para permanecer no grupo. O terceiro tipo (MI) não depende de ninguém e nenhuma dificuldade o afastará do TG pois a sua força e seu nível de consciência já é algo adquirido através de anos de esforço sobre si.

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