segunda-feira, 23 de maio de 2016

DECISÃO

Muitas vezes imaginamos que somos nós mesmos que tomamos decisões em fazer isto ou aquilo. É muito difícil uma pessoa que não escuta nem vê decidir algo. Quando alguém toma uma decisão pelo destino dela, ela acha que foi sozinha. A decisão interior é que é de livre arbítrio.
Se decidirmos lembrar de nós mesmos, não depende de nada externo, unicamente de nossa disposição e vontade. Os acontecimentos externos vem de 2 direcões diferentes e se encontram em nossa vida:
Primeiro é o destino que fizemos com a nossa vida antes de nascer. Podemos chamar de destino maduro; e nele está nosso corpo físico carnal, que tem a disposição para enfrentar o que tem que ser, doenças, deficiências físicas ou também força física.
O segundo destino é a nossa ligação com as pessoas que temos que passar pelo nosso passado, chamo isto de encontro para saldar dívidas de sofrimento emocional, físico ou até de felicidade. Até aqui a pessoa não pode decidir nada, o que tem que pagar, paga. Só depois é que inicia a formação do seu próprio destino. E ele começa no destino anterior. Vamos dizer que um irlandês do norte odeia um irlandês do sul e tenta eliminá-lo com ódio. Quando ele renasce será no mesmo lugar. Se ele foi do norte vai nascer no sul, se ele foi do sul vai renascer no norte e assim por diante até acordar e ver que o ódio, raiva, vingança e etc faz dormir e amarra a pessoa a um destino que ela mesmo fez.
Muitas vezes as pessoas do TG quando falam comigo se queixam que são piores do que as pessoas comuns e até tem situações em que essas pessoas comuns são superiores as pessoas do TG, em relação a atenção e atitudes na vida cotidiana. Alguns do grupo são lerdos, erram pequenas coisas, só fazem quando são mandados, muitas vezes não vêem o óbvio que está acontecendo e etc. O que muitas vezes não acontece com outra pessoa de fora que são dinâmicas, vivas e etc. Para o TG o que interessa é a compreensão de vida, para que serve a vida, para onde vamos e procurar ter a firme determinação do que se quer nesta vida. Uns querem filhos, carro, festas e etc outras já não se satisfazem somente com isso, querem saber o que fazer para acordar, ter mais consciência para se ter o direito a verdadeira imortalidade que é a verdadeira vida.
A personalidade é necessária a vida, pois muitas vezes a falsa personalidade se manifesta  e ela é prejudicial, com as fraquezas que já conhecemos como: gostos sociais de festinha, cervejas em bar, apegos familiares etc...Tudo isso pode e deve existir em nossa vida, mas não ser a principal meta ou objetivo de se viver.
A força que alimenta o sono trabalha para a evolução geral da Terra. A vida animal é horizontal  e vegetal é de baixo para cima. A força de cima para baixo é para a evolução humana, então uma cruz simboliza os reinos mineral, vegetal, animal e humano. Podemos dizer que o reino mineral é da Lua de baixo para cima, a do reino animal é horizontal da terra, e a de cima para baixo é a do Sol. Por este motivo que deitamos para dormir, e ao acordar levantamos. É prejudicial à vida  ficar com a cabeça para baixo.
Aqui podemos perceber que a decisão humana, animal e vegetal tem objetivos diferenciados. O homem, em muitas situações, toma decisões animais, como: comer, dormir, descansar, sexo, etc. Já o homem que procura uma evolução de sua consciência, toma decisões com o esforço físico, mental e emocional. O reino vegetal tem como decisão apenas alimentar-se e também serve de alimento aos animais e homens.
  • Vegetal = alimentar-se
  • Animal = alimentar e reproduzir
  • Humano = alimentar, reproduzir e divertir-se
  • O homem do quarto caminho quer algo além disso.

O objetivo do divertimento é unir os grupos para se ter um sentimento superior. A sua parte negativa é a guerra. Todas as formas de festa, folclore, danças e etc vieram de escolas superiores para a humanidade. Então o homem comum pode “decidir” criar e manter sua família, que se manifesta no conforto de sua parte negativa, como: possuir cada vez mais bens, criar possibilidade de diversão cada vez maior inspirado pela fantasia como viagens, hotéis caros, comidas sofisticadas etc.O conforto do Centro Instintivo é mínimo, descansar quando está cansado, comer quando está com fome, fazer as necessidades na hora certa.
            As decisões objetivas que nos levam a evoluir sempre requerem um sacrifício de uma dessas formas normais da vida animal e vegetal. Se examinarmos veremos que não há necessidade nenhuma desse esforço para acordar, viver bem e confortavelmente. Para se viver normalmente não é necessário esforçar-se para evoluir interiormente. Ao se tomar uma decisão de fazer algo para nossa própria evolução, o processo não se inicia no momento, mas bem antes, pois vem do centro emocional que é o graduador do nosso nível de ser. Dize-me o que sentes que direi o seu grau naquele momento. Vamos dar um exemplo: alguém decide vir a reunião do G1, esta decisão está em seu interior e não gera dúvida se vem ou não, mesmo na hora de ir embora já está decidido vir na próxima semana. Isto não acontece com pessoas do grupo 2 ou 3, elas ainda tem que ver se poderão vir e podem mudar de idéia na última hora. O destino dela é da vida, não é dela.
            O verdadeiro destino do homem é quando ele decide evoluir. A vida é apenas o meio de sua evolução.  Depois disso existe o grau da decisão que pode ser exterior, interior ou ambos. Exteriormente uma pessoa vem a reunião e faz tudo o que deve ser feito (trabalha, faz movimentos, artesanatos etc.), mas interiormente ainda não está firme (fica distraído, fazendo tudo mecanicamente e sem atenção). A pessoa deve estar presente com o físico e com os centros. Esse é o objetivo do quarto Caminho, estar presente no momento. Num grupo existem pessoas que apenas lêem e não praticam nada do que tomam conhecimento. São aquelas que se perguntarmos alguma coisa respondem prontamente e corretamente com o centro intelectual. São contadoras de histórias que não vivenciam, falam do que não sabem nem praticam e pensam que sabem.

            Devemos ficar com atenção em tudo o que decidirmos, para ver se é nossa evolução ou nossa satisfação da falsa personalidade que está decidindo. As decisões que pensamos ser nossas podem ter uma origem bem diferenciada em nossa consciência de si. Para se ter certeza de que uma decisão é a mais correta, será quando existir o equilíbrio entre a ação, emoção e intelecto, sem prejudicar outrem. Para isso é preciso ter a necessidade de Consciência de Si. O homem que está dentro de si no momento terá  averdadeira capacidade de decisão, caso contrário, algo decidirá por ele.

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