terça-feira, 22 de setembro de 2015

EMOÇÕES E MANIFESTAÇÕES

Escultura do artista corenao Choi Xooang

Sabemos que temos dois tipos de manifestação de emoções.Uma positiva (felicidade, riso, alegria) e o contrário é negativa(ódio, raiva, mágoa, etc) que nos rouba energia que precisamos para adquirir um aumento de consciência, isto é, para acordar.Devemos evitar de demonstrar as manifestações desse tipo de emoção que chamamos negativa porque nos tira a energia que acumulamos anos.
            Existe uma que é fácil de ver, quando a pessoa grita, vocifera, faz movimentos bruscos e pode até chegar a agressão verbal ou física.Consideramos esta como explosão emocional, falta total de controle sobre si mesmo e que é a pior coisa do Trabalho de Gurdjieff.
            Quando uma pessoa se manifesta com Energia Negativa (E.N.). tudo nela muda, desde os movimentos dos braços, pernas, pescoço,até a tonalidade da voz que pode estar baixa mas dá para se perceber que a pessoa está com E.N.E se tiver mais de duas pessoas no mesmo lugar todas veem o que está acontecendo com a pessoa menos ela.Dentro da cabeça de uma pessoa com E.N. ela se acha certa na forma de “pensar” fantasiar dizendo:Estou certo, penso assim;acho que estou certo mas não me entendem,etc.Quando deveria dar uma pausa e verificar porque está “pensando” daquela forma e também sentindo este tipo de emoção.
            Quando participamos de um grupo de T.G. não interessa estar certo ou errado.O que tem importância é estar atento e procurar fazer algum tipo de exercício para ter a possibilidade de ver o erro, não dos acontecimentos exteriores, mas do interior, dentro de si mesmo.Uma pessoa do T.G. não pode perder o controle emocional que tem várias formas de manifestações apenas por achar que está certa nisso ou naquilo e assim continuarão as divagações interiores que são alimentadas pelo tipo de sentimento que existe e que não é bom.Ao observar alguém temos que olhar os olhos da pessoa, movimentos, escutar sua voz e comparar com a anterior quando ela está normalmente apenas distraída rindo, falando,trabalhando, etc.
            Muitas vezes eu digo que estes momentos de aparente controle e que a pessoa diz estar feliz é o pior momento de observação de si, pois a ilusão de que aqueles momentos são eternos é falsa, tudo isto passa e até podemos observar que é cíclico.Uma pessoa quando está aparentemente feliz deve aumentar sua observação a si mesmo, para que aquele sentimento bom permaneça para sempre e não seja algo passageiro e também para que alguns momentos continuem e não sejam interrompidos por uma pequena distração e a E.N. retorne com seus eus já conhecidos.
Vemos que cada pessoa possui uma certa facilidade em determinados assuntos a se tornarem negativas como, ciúme,vaidade,avareza,preguiça e outras que fazem a pessoa dormir e achar que está certa.
Como vemos a pessoa que está com E.N.? Para alguns ficam mais feias, duras, sem graça e até grosseiras.Tudo isso a maioria já sabe.Agora pergunto e quando percebemos em nós a E.N. já em andamento como vemos os outros que não estão?Primeiro é que todas estão erradas, somente nós estamos certos.Mesmo que três pessoas discordem de nós, o “pensamento” continua a achar que está certo, não há como mudar isto.
O que devemos fazer, então numa situaçao desta?
            Primeiro começar a duvidar de si mesmo, achar que poderá estra errado e acima de tudo não se defender nem justificar querendo mostrar que está certo ou errado.Vamos dizer que na atitude exterior esteja certo, mas na interior está errado pois era com E.N. Não importa o errado ou o certo, o que temos que ver é que estamos negativos, não conosco, mas com todos, até o momento e assim estamos dormindo e temos que acordar, e este sono permanecerá enquanto acharmos que estamos certos.É uma cola que ainda está nos unindo à negatividade e que pode levar dias até meses ou anos.Vamos dizer que seja passageiro, chamamos de raiva, pois em seguida passa e até rimos de nossa atitude.Mágoa que é um sentimento pior ele passa aparentemente, mas volta, mesmo depois de meses ou anos do acontecimento e ele é o primeiro degrau para o ódio, a única diferença é que o primeiro apenas nos corrói por dentro, sem prejudicar a outra pessoa, enquanto o outro espera uma oportunidade para prejudicar a outra pessoa fisicamente ou emocionalmente querendo que a pessoa também passe a sentir o mesmo que está sentindo e a pessoa nesta situação procura fazer com que até outras pessoas que nada tem com isto, passe a sentir o mesmo que ela está sentindo. Ódio.Este sentimento não tem limite de maldade..
A E.N. chega quando achamos que estamos certos, no momento de distração e com isto as outras opiniões estão erradas, não existe a humildade de aceitar que também pode estar errada.
Para verificarmos se aquele sentimento ainda existe basta puxar o mesmo assunto que a pessoa passa a sentir o que antes sentia, E.N. , e se transtorna, muda completamente a atitude, mesmo que queira fingir que esqueceu e que nada sente.
Qualquer que seja o que achamos de uma E.N., não devemos esquecer que o único erro é que faz a pessoa dormir e nada ver, nem si, ou ao seu redor, fica cega, surda e com a razão de tudo por não admitir que possa estar completamente errada consigo mesma por permitir ter dentro de si aquele tipo de sentimento que pode trazer doenças, desarmonia e tristeza.
Outra coisa , temos que saber diferenciar a tristeza de uma raiva.O sentimento de que as pessoas não concordam com nós é raiva e às vezes chamam de tristeza e não é. A tristeza não possui a razão do C.I..É apenas o silêncio de sua própria pequinez diante de sua própria fraqueza em não poder controlar estes tipos de sentimento inferior e que no momento é superior às forças que a pessoa possui e que também pode aparecer nos momentos em que percebemos que entristecemos pessoas que gostamos e não sabemos como tirar aquilo que fizemos com os outros. O erro nos entristece e a raiva faz acharmos que estamos certos e com isto imaginamos que existe a tristeza.Isto é falso, temos que ser sinceros com nós mesmos para diferenciar estes tipos de sentimento completamente diferentes. 5/12/2007


segunda-feira, 14 de setembro de 2015

CONSIDERAÇÃO



Há dois tipos de consideração: a interna e a externa. A consideração interna é aquela que qualquer pessoa possui e que consiste no seguinte: o melhor para mim e o resto para os outros. Ou o melhor é para os meus e o resto é para os outros, ou então, primeiro eu e depois o resto e assim em diante. Se agrado uma pessoa é porque ela me agrada, ou porque tenho interesse nessa atitude, vou lucrar e ganhar com isso. As pessoas, a partir dessa consideração não vêem a outra, só vêem seus interesses. Não conseguem perceber que todos nós participamos de um modo de viver e que nosso Pai Comum trata a todas as pessoas com as mesmas leis. Esse tipo de consideração não precisa de esforço nenhum, e assim não vemos nem o que está acontecendo, nem por que está acontecendo.

A consideração externa para ocorrer tem de ser, acima de tudo, com um esforço de consciência, isto é, uma observação de si, pois sem isso, aquilo que chamamos de consideração, nada mais é do que uma atitude mecânica. A consideração externa é fruto de um trabalho sobre si e não uma atitude que visa lucros nem uma demonstração de educação ou benevolência, para a pessoa se sentir satisfeita com o que fez.