domingo, 16 de novembro de 2014

CONSTRUÇÃO DO TEMPLO INTERIOR



Antigamente, as Escolas de evolução humana (Hindu, Egípcia, Babilônica, Chinesa, Tolteca e Cristã), tinham como objetivo na Terra construir templos que servissem para a evolução do povo. Este povo vivia dirigido por estas Escolas, que ensinavam tudo o que era útil (agricultura, tecelagem, artesanato e convívio social), equilibrando assim a comunidade. Algumas pessoas que participavam destas construções também construíam seu corpo interior. Por este motivo, muitas civilizações desapareceram, por não terem mais necessidade de renascerem, visto que já haviam terminado seu objetivo interior. O que existe fora é o que estamos construindo dentro.
Quando iniciavam uma construção de acordo com os saberes astrológicos e esotéricos, incluindo a localização, sempre tinham como objetivo as medidas e direções acima do gosto pessoal de cada um. O local fortalecia a parte psicológica para quem ali morava e cada cômodo devia ter um objetivo coletivo. Sala: amizade e alegria. Cozinha: prazer e gosto individual de cada participante. Copa: reunião social de quem mora na casa e assuntos diversos. Quarto de dormir: reflexão e descanso e meditação, se não houver um local já determinado. 
A cabeça (CI) é onde se manifesta o pensamento concreto que produz arquitetura, artesanato e tudo aquilo que tem forma. O pensamento abstrato vem do sentimento (CE) e faz música, cores.
O homem com isso começa a trazer para o exterior o que construiu dentro de si, no mundo que podemos chamar astral ou mental, demonstrando para si mesmo a capacidade do comportamento resumido nas ações: querer, ousar, saber e acima de tudo, calar, para poder pensar no que está sendo construído (forma, gosto, pagamentos, gastos, modificações, etc.), não deixando que outras ideias interfiram negativamente na mudança desse mundo para outro.
Todos conseguem ver a capacidade desse feito que pode ser de um grupo ou individual. Se alguém do Grupo der sua contribuição, por menor que seja, seu tamanho não será medido pelo dinheiro, apenas pelo esforço pessoal de cada um. Um bom exemplo está em Marcos 12, 41:44: “Jesus estava no templo sentado perto de uma caixa de ofertas e olhava como o povo punha dinheiro ali. Muitos ricos davam muito, nisso chegou uma viúva que pôs na caixa duas moedinhas de pouco valor. Jesus chamou seus discípulos e disse” Afirmo a vocês que esta viúva pobre deu mais que todos, porque as outras pessoas deram o que estava sobrando. Ela porém, tão pobre assim, deu o que tinha para viver”.
Olhando assim, esse acontecimento pode passar despercebido mas existe nele a mensagem de um sentimento e uma confiança naquilo que está sendo doado, pois quanto maior apego ao mundo material, mais longe do espiritual, devendo ser o contrário, pois tudo segue o inverso do que se pensa comumente. Um aspecto não está separado do outro. Se for para termos apego, deve ser somente ao aumento de consciência e não as posses do mundo físico.
Nós vivemos simultaneamente em vários mundos: palavra, movimento e sentimento, que são uma expressão do mundo interior e com isto atraímos seus iguais. Se sentirmos raiva, esse sentimento atrairá alguma coisa ou pessoa que nos faça sentir raiva ou nos contrarie. Isto não está no exterior e sim dentro de nós.
A pessoa não percebe o que está acontecendo dentro de si então acha que todos são culpados daquele pensamento e daquele sentimento que está tendo (o mundo é culpado!). É preciso observar que o que acontece no interior é responsabilidade de si mesmo e não do mundo exterior.
Temos nosso corpo físico (carne) que obedece primeiro ao instinto (5 sentidos), depois ao desejo (ir, ficar, sentar, levantar, fazer ou não fazer, qualquer coisa por mais simples que seja). O centro instintivo apenas avisa, não determina. Quem decide são os Centros Emocional e Intelectual, sendo que o último entende ou não.