segunda-feira, 9 de junho de 2014

A Força do Trabalho


Um grupo se reúne com a finalidade de trabalhar para o aumento de consciência. A pessoa que pertença a este grupo sente e percebe que seu nível de consciência pode ser mudado. Após alguns esforços sobre nós mesmos, começamos a perceber nossas mecanicidades, fatos emocionais negativos, distrações em geral. Enfim, tudo que nos faz dormir. E neste processo de auto observação, diferenciamos os vários eus da personalidade negativa, que em determinado momento se apresentam com a força total de identificação e não temos nenhuma possibilidade de muda-los, pelo menos no momento de sua manifestação. Mesmo nestes momentos, podemos observa-los e por trás disso esperar passar o fato que o fortalece. Se estivermos com raiva, ou alegres, os dois são as mesmas forças que nos enfraquecem, se não estivermos com a devida atenção. Mas a raiva é de maior intensidade. Isto quer dizer que a raiva nos enfraquece, nos levando ao mais baixo nível de sono.
Quando estivermos fazendo qualquer serviço ou mesmo numa conversa com amigos, ou assistindo a um filme, se nos observarmos veremos que além dos fatos externos, existem fatos internos como vozes interiores, sentimentos, relacionados aos acontecimentos externos. Temos que colocar atenção em duas partes simultaneamente: dentro de nós e fora de nós.
Vamos dizer que uma pessoa esteja falando um assunto que não seja verdade a nosso respeito. Aquele assunto começa a nos atingir emocionalmente e imediatamente as vozes interiores iniciam um debate sobre a razão e o erro da pessoa em relação a nós.
Para podermos entender o que está acontecendo temos que primeiro ter a base em nosso corpo  isto é, relaxar e sentir o que pudermos: rosto, pernas, braços ou, se for possível, todo o corpo. Nesta situação, olhamos a pessoa que está falando ao mesmo tempo que nos observamos, não deixando que as vozes interiores interfiram no assunto, pois se deixarmos as vozes que pensamos ser nós falarem, dar qualquer opinião naquela hora, paramos de ver e nos identificamos com o acontecimento. Devemos ter esse momento como hora de combate entre nossas mecanicidades e o fato que está se desenrolando. Se conseguirmos manter nossa atenção nesses dois sentidos, os fatos que acontecem exteriormente não nos atingirão, apenas serão observados de fora imparcialmente. O que decorre exteriormente é apenas um filme que não poderá entrar no nosso interior. E se somos obrigados a agir ou a falar, tudo acontecerá dentro do nosso controle, sem emoção negativa. Se conseguirmos nos manter nesta situação, estaremos mais acordados, com mais luz.
Vamos dizer que por um momento de distração a emoção negativa assume o controle deste centro. Procuramos imediatamente relaxar o rosto, soltar a tensão dos ombros, olhar as pessoas e ao falarmos não nos defender, e até procurar “dar razão” a pessoa que nos ataca, dando mais fatos sobre o que ela fala, para que ela continue sem controle e nós possamos observar primeiro nós mesmos, depois reverter a situação e elogiar a pessoa que nos ataca pois como ela está dormindo, somente conseguiremos atacar se estivermos também dormindo.
Uma pessoa que dorme não sabe o que está acontecendo ao seu redor, muito menos com ela e quanto mais profundo for o seu sono, mais identificada ficará com os acontecimentos. Para não entrarmos nessa situação de sono profundo, devemos sempre nos lembrar de nosso objetivo de acordar, em qualquer situação.
Me perguntaram se devemos evitar locais que não gostamos,  locais que nos conduzem ao sono. Se pensarmos um pouco, as condições de sono não dependem do exterior e sim de nossa quantidade de energia acumulada como consciência. Se uma determinada pessoa tiver pouca energia dentro de si e ficar isolada no meio de uma floresta, ou num quarto de apartamento, ela não conseguirá aumentar sua capacidade sozinha, terá que entrar no mundo externo e começar a se observar. Sua determinação de acordar a levará a aumentar sua capacidade de observação em várias circunstâncias e com o passar do tempo se tornará cada vez mais fácil, até o momento em que o que acontecer fora de si seja apenas um fato, e não uma calamidade ou ofensa. 
Não devemos evitar nada, mas sim observar e aprender com os fatos que acontecem dentro e fora de nós, não esquecendo que tudo que esteja acontecendo fora de nós pode nos atingir ou não, dependendo de nossa capacidade de observação e consciência. Quanto mais perto das altas esferas, mais perto dos seres superiores e de sua compreensão e nível de decisão sobre tudo que possa acontecer. Estaremos sob menos leis, e nossas atitudes externas e sentimentos interiores serão de grau mais elevado.  Não dependemos para nossa evolução dos acontecimentos exteriores, mas sim, de nossas decisões interiores que se manifestarão exteriormente. Existem forças exteriores negativas que nos levam ao sono, como forças que vem a nós para acordar-nos, depende de nossa atitude interior de auto observação, tanto para usarmos nossa consciência superior, como o abandono de si  para dormirmos mais com os acontecimentos exteriores.
A força que adquirimos com a luz, consciência, mudará gradativamente nossos sentimentos até formar uma força  que não depende de nada exterior, material, para continuar sua existência.

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