segunda-feira, 9 de setembro de 2013

AS INFLUÊNCIAS



                              

Em todos os momentos da vida recebemos influências. Em qualquer lugar ou situação, o homem vive de influência. Ele as recebe como também transmite constantemente. Quer esteja sozinho ou no meio da multidão, na floresta ou na cidade,  recebermos no mínimo 3 tipos de influência, sempre.
A primeira influência é Influência A: são aquelas que nos tornam mecânicos e distraídos, mas que também nos proporciona meios de sobreviver em grupo ou sozinho. A TV, rádio, revistas, livros, festas... todas essas influências que conhecemos. Gostamos de algumas, de outras não, mas todas elas não levam o homem a evoluir conscientemente, não influenciam o homem a acordar. Ele está dormindo e assim continuará até a hora de cessar tudo em sua vida.
A segundo influência é a B: são as religiões, os rituais, livros e revistas que atraem o homem a pensar um pouco além de seu cotidiano. Podem até criar um desejo de conhecer e saber um pouco mais sobre si mesmo e procurar algo que o atraia a receber o terceiro tipo de Influência, que chamamos de C.
Influência C: esse tipo já é bem diferente. Sempre é um trabalho sobre si mesmo e requer um esforço contínuo da pessoa para mudar o seu interior. Sempre é um tipo de ensinamento direto, aluno professor, nunca à distância, no caso comum dos homens. Como a nossa vida nos obriga a lutar para ter um equilíbrio social, descartamos os 3 caminhos (yogue, faquir e monge). Só nos interessa o 4° Caminho, que nos dá uma possibilidade de mudança dentro da vida, sem aparentemente nada fora dela, e que não atrapalhe o nosso caminho social.
O homem que está se esforçando para adquirir algo permanente dentro de si deve estar sempre alerta para esses tipos de Influência que recebe diariamente e no momento em que decidir despertar, durante seu dia a dia, deve se separar interiormente de todos os tipos de Influência A e B.
Como deve ser feito? Primeiro se auto observar através de um ato, fora da mecanicidade e sempre procurar estar com o corpo relaxado, em qualquer circunstância normal. Estar dentro e fora de si, com sua atenção sempre a alerta procurando ter um apoio intencional. As influências A são tão abrangentes que por mais bonitas e corretas que sejam as ações, o  que fazemos com essa influência não nos acordará.  
Nesse nosso caminho a intenção e objetivo é despertar-se e para isso temos que nos conhecer. Os movimentos filantrópicos e religiosos não nos interessa em absoluto. Não significa com isto que não podemos pertencer a um ou outro movimento. Mas quer estejamos ou não em atividade, a nossa meta é estar presente e armazenar energia que não depende de outras pessoas para o nosso lugar ao sol.
Aqui o nosso esforço não é para imitar ninguém, nem buscar a paz, é conhecer a si mesmo. E como sozinho é impossível, trabalhamos juntos nesse objetivo. Aqui não temos mestres ou discípulos, temos pessoas com desejo de acordar, pessoas que não estão satisfeitas, nem com o que veem nem com o que são. Querem ser melhores do que são hoje, na consciência e no equilíbrio. Se uma pessoa realmente quer algo permanente na vida tem que se submeter a sua própria vontade, se assim podemos dizer. Não deixar ser levado pela Influência que nos arrasta para a morte de nosso corpo e de nossa consciência. Por mais belas palavras que ouçamos, decoramos... Nada disso é um esforço para acordar. E aquele que se julga sabedor ou pensa que está desperto, perde seu tempo em enganar a si próprio, fantasiando sua vida achando que basta estar correto que vai alcançar algo.
O nosso caminho é o caminho do guerreiro porque lutamos ardentemente com todos os nossos meios para despertar, conhecer e viver outra realidade que se apresenta aos homens. Mas não esperamos que ninguém nos leve. Nós vamos com nosso próprio esforço pessoal, em direção ao que conhecemos como luz (consciência ) e paz ( equilíbrio ) , que estão dentro de nós e não fora, pois se preciso for estamos prontos pra lutar tanto fora como dentro de nós e com isto alcançar o AMOR, que é um sentimento desconhecido do homem comum.

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